De acordo com pesquisas realizadas em fontes diversas,
as primeiras salas de aulas – ou escolas – que funcionaram em Palhoça começaram
a partir de 1870, com a construção da primeira escola pública dirigida por José Rodrigues Lopes. Em 1881 foi
criada a Escola Feminina, dirigida pela professora Maria Clementina de Souza Lopes.
A chegada dos imigrantes alemães marcou a construção
de sua própria escola – que foi fechada durante o nacionalismo da Era Vargas. Com
o fechamento da escola alemã em 1932, tivemos a construção do Grupo Escolar Venceslau Bueno. Todos os
jovens da região dirigiam-se ao Grupo para receber as primeiras letras, considerado
uma instituição de ensino muito privilegiada.
Com o crescimento da cidade, o povo passou a exigir
das autoridades uma nova escola que suprisse as novas demandas. Diante disso, o
governador Celso Ramos, a pedido do então presidente da Assembléia Legislativa
do Estado de Santa Catarina, o deputado
palhocense Ivo Silveira, construiu o Colégio
Normal Ivo Silveira. Na época, a solicitação soou como absurda para
alguns políticos catarinenses: “Uma
escola no interior, onde iriam arranjar alunos?”, diziam. A resposta do deputado
foi instantânea: “Dêem-me a escola que eu
a encherei de alunos”, respondeu Ivo Silveira.
O objetivo principal do então Colégio Normal era a formação de alunos para o
exercício do Magistério, já que na época apenas o Instituto Estadual de
Educação oferecia este curso. Expandir a educação, conceder formação às futuras
professoras e facilitar esse processo foram algumas das metas do deputado
palhocense e idealizador do projeto.
A criação do Colégio Ivo Silveira foi uma necessidade
gerada pela demanda de alunos que o município de Palhoça precisava atender. Nesse
momento histórico, Palhoça era composta pelos territórios que são hoje os municípios
de Garopaba, Paulo Lopes, Anitápolis, São Bonifácio, Bom Retiro, Rancho
Queimado, Teresópolis, Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas.
A lei nº 3.332,
de 4 de novembro de 1963, criou o Colégio Normal Ivo Silveira, situado à
Avenida Barão do Rio Branco, 97 – Centro – Palhoça. Até então, o município contava com escolas isoladas que ofereciam
educação de 1ª a 4ª, e apenas com a Escola Venceslau Bueno que oferecia o curso
de 5ª a 8ª séries para seus alunos.
O nome foi uma homenagem do povo ao seu ilustre
cidadão pela iniciativa, colaboração e empenho para que o Colégio fosse criado.
Vale lembrar que em 1966 Ivo Silveira tornou-se governador do estado de Santa
Catarina.
Após a inauguração, iniciaram-se as atividades com o antigo
curso “ginásio”, que compreendia de 5º
à 8º séries. Na década de 70, a lei 5.692 criou o ensino profissionalizante de
2º grau e houve a mudança do nome para Colégio
Normal Governador Ivo Silveira. Os cursos oferecidos compreendiam então, o
1º grau (5ª à 8ª série); o curso de Magistério; e os cursos profissionalizantes
de Técnico em Secretariado, Assistente em Administração e Técnico em
Contabilidade – extintos em 1999. No período de 1982 a 1987, foi incluído o curso
de Educação Geral. Na década de 90, passou a funcionar também o curso de
Estudos Adicionais do Magistério – Educação Infantil.
O primeiro diretor desta Instituição foi o professor
Febrônio Tancredo de Oliveira (1964-1969). Ao longo dos anos de funcionamento,
alternaram-se à frente da direção da escola vários professores: Eládio José de
Souza (1970); Osvaldir José de Lima (1971-1975); Samuel Zacchi (1976-1977); Milton
Espíndola (1978-1984); Nelson Artur Schutz (1985-1995); Amélia Tereza da Silva
Guedert (1996-1997); Nelson Artur Schutz (1997-1998); Shirley Nobre Scharf
(1999-2002); Douglas Nahas (2003-2004); Tomaz Silveira dos Santos (2004-2009); Ademir Antônio Stahelin (2010); Maria Margarete
Antero (2011); Ademir Antônio Stahelin (2011- atual).
Desde a sua criação até os dias de hoje, lecionaram e
exerceram funções administrativas um grande número de servidores estaduais que
deixaram seus nomes na memória histórica do Colégio, alguns sempre lembrados,
como: Amadeu Jacob Scheidt, Amauri May, Cléa Scheidt, Dalva Scharf da Rosa,
Isaura Ávila da Luz (in memoriam),
José Manuel Sotero, Laidir Machado, Leda Oliveira (in memoriam), Matilde Scheidt Wendhausen, Najla Carone Guedert (in memoriam), Nelida Zacchi Pereira (in memoriam), Osli Boeing, Pedro Jonas
Koerich, Valfride Pereira Zacchi, Vanilda Martins da Silva, Walmira Martins
Scharf, Saul da Silva Mattos, Rogério Zacchi, Lúcia A. Bossle, Vilmar Philippi,
Nazarildo Tancredo Knabben, Sônia Lili Santos, Arlete Soares Zacchi, Amilton
Sílvio Zacchi, Maria Inês Haeming Zacchi e tantos outros.
Devido ao estado de precariedade do prédio,
construído na década de 60, foi solicitada a construção de um novo prédio em
1995. Com as enchentes desse mesmo ano, os danos às instalações foram inúmeros,
principalmente no tocante ao arquivo documental da escola, que sofreu perdas
significativas.
Em novembro de 1998 foram inauguradas as novas
instalações numa área territorial de 18.800m2 – com 4.061m2 de
área construída, divididas em 3.061m2 de novas instalações e 1.000m2
reaproveitados da construção antiga.
No antigo prédio em alvenaria de um só pavimento, há
dependências destinadas à educação física; sala de reuniões (auditório); sala de
recursos destinada à Educação Especial para atendimento de alunos com deficiência
auditiva e visual; laboratório de química e física; sala de artes; sala do
arquivo permanente dos alunos e depósito de materiais pedagógicos.
O prédio novo, construído em 1998, é composto por dois
blocos de dois pavimentos de alvenaria. Em termos de dependência física, são 20
salas de aula, um refeitório, sala de vídeo, laboratórios de informática,
biblioteca e outras dependências utilizadas nas mais variadas tarefas
pedagógicas.
A área desportiva possui duas quadras polivalentes,
um campo de futebol de areia e pista de atletismo. No momento, ainda aguarda-se
a construção do ginásio esportivo, prometido desde 2003. Para área
administrativa, as salas são divididas em sala para os gestores; para
professores; para orientação/supervisão; e secretaria escolar, na qual é feito
o atendimento tanto do público interno quanto do externo; sala do arquivo documental
de alunos e professores, que pode ser consultado a todo o momento pela equipe
técnica da secretaria, para emitir boletins ou fornecer quaisquer outros dados
dos alunos, sejam recentes ou mais antigos.
A parte pedagógica atende a comunidade escolar nos
três turnos: Ensino Fundamental (última turma); Ensino Médio; e Magistério.
Devido a sua localização geográfica no centro da cidade, a EEB Governador Ivo
Silveira é muito procurada pelos alunos, são mais de 2000 alunos matriculados
em todas as séries e períodos oferecidos.
O corpo docente dispõe de aproximadamente 100
professores, efetivos e ACTs. A Escola conta ainda com funcionários da área
administrativa, pedagógica e pessoal de apoio, perfazendo um total de mais de 130
servidores, entre estatutários e contratados pela Associação de Pais e
Professores (2013).
Nas suas cinco décadas de história, a EEB. Gov. Ivo Silveira já formou muitos
alunos, alguns de destaque em nosso município ou fora dele.
novembro de 2008, revisado em abril de 2013.
Ano do Cinquentenário.
Bibliografia:
FARIAS, Vilson Franscisco. Palhoça - Natureza, História e Cultura.
Florianópolis: FAPEU-UFSC, 2004.
JUNIOR, Salomão Ribas. Retratos de Santa Catarina.
Florianópolis: Edição do Autor, 1998.
PIAZZA, Walter Fernando. Dicionário Político Catarinense. Florianópolis:
ALESC, 1985.
PIAZZA, Walter Fernando. O Poder Legislativo Catarinense – Das suas
raízes aos nossos dias 1834 -1984.
Florianópolis: ALESC, 1984.
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